Engenharias

Engenharia de Produção e a Industria 4.0

A quarta revolução industrial traz em si um processo de transformação socioeconômico profundo, com alterações expressivas no comportamento das relações comerciais, industriais e pessoais. Especificamente, as indústrias enfrentam hoje um mundo bastante globalizado e amplamente conectado, os desafios a serem vencidos são cada vez maiores. Agilidade e assertividade são essenciais para inovar e atender demandas mundiais cada vez mais personalizadas e rápidas. A produção tem se tornado cada dia mais inteligente e flexível para adequar capacidades produtivas e atender as expectativas dos clientes. O que eram simples processos, se tornaram linhas automatizadas, processos complexos e interligados. No centro desse turbilhão concentram-se as pessoas que precisam ser capazes de lidar com essa complexidade de forma estratégica. Nesse sentido, qualificar os profissionais é uma necessidade eminente. Apontada como uma das vertentes de capacitação para a Indústria 4.0, as instituições de ensino superior são o foco desse estudo para identificar se os profissionais que atuarão nesse ambiente estão sendo capacitados para enfrentar esses desafios. Especificamente, apontada em vários relatórios como a Engenharia integradora de tecnologia, automação e gestão, a Engenharia de produção entra em voga como um dos personagens centrais no fornecimento de profissionais que conduzirão processos de implementação da Indústria 4.0.
O primeiro capítulo deste livro fornece uma definição da Indústria 4.0 e identifica oito áreas-chave para a sua implementação e enquanto o segundo capítulo traz a interdependência e sinergia entre sistema Lean Manufacturing e a Indústria 4.0, destacando seus pontos em comum e os benefícios mútuos. O terceiro capítulo se propõe revisar brevemente a história da estratégia de manufatura e, então, revisar o campo de várias perspectivas diferentes, finalizando com a comparação e avaliação destas diferentes perspectivas e as ligações entre elas. Já o quarto e último capítulo deste livro traz o estudo sobre um novo algoritmo de otimização metaheurística inspirado nos eventos de uma partida de basquete, chamado de Basketball Game Optimization Algorithm (BGOA).
Não resta dúvidas que o leitor terá em mãos extraordinários referenciais para pesquisas, estudos, identificação e concepção de melhorias e implementação de sistemas que envolvem pessoas, materiais, informações, equipamentos, energia e maiores conhecimentos e habilidades dentro de uma linha de produção.
Por fim, está coletânea visa colaborar com os estudos da Engenharia de Produção e da Indústria 4.0, através de autores de renome na área científica, que podem contribuir com o tema.

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Identificação dos aspectos antropotecnológicos no Plano de Auxílio Mútuo (PAM)

A antropotecnologia estuda a adaptação do indivíduo ao processo de produção, enfatizando a complexidade da relação entre homem, máquina e tecnologia, relacionando-a com o bem-estar do ser humano. Este trabalho objetiva estudar como os aspectos antropotecnológicos estão inseridos no Plano de Auxílio Mútuo (PAM), comparado a atuação do Disaster Mutual Assistance (DMA), norte americano, que desenvolve trabalhos similares ao projeto brasileiro. O PAM é uma instituição sem fins lucrativos, que visa, o estabelecimento e a manutenção dos relacionamentos interpessoais, e interação dos integrantes, com as autoridades federais, estaduais e municipais responsáveis pela resposta às emergências. O presente estudo, tem como objetivos específicos: identificar as características da antropotecnologia e a transferência de conhecimento e tecnologia (TCT), descrever a origem do PAM, estabelecer uma comparação entre o DMA e o PAM e buscar as evidências antropotecnológicas no PAM. Para alcançar tais objetivos, foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória, que adotou a estratégia de revisão sistemática de literatura. Para a pesquisa de campo, foi realizada coletas de dados junto ao PAM do Brasil e no Estado do Paraná, visando observar sua origem, seu processo evolutivo e seus principais resultados. Na pesquisa de campo final, foi estudado, mais detalhadamente, o caso do PAM, em Ponta Grossa – PR. E os resultados mostram que a antropotecnologia está ligada a todas as atividades do PAM, seja, no ambiente de trabalho industrial, nos treinamentos oferecidos aos colaboradores, nos relacionamentos interpessoais, na transferência do conhecimento e tecnologia nas ações do PAM, junto às empresas parceiras e demais participantes.

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Avaliação do Ciclo de Vida Energético do processo de fabricação de embalagens metálicas: estudo de caso para latas de bebidas

As consequências ambientais do aumento do consumo de energia trazem mudanças climáticas e aquecimento global. O uso racional da energia torna-se uma palavra-chave para o desenvolvimento sustentável mundial. O setor industrial configura-se como o que mais consome energia no mundo e no Brasil, onde a indústria alimentícia encontra-se como o segmento com o maior índice de consumo de energia. A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é passo fundamental para um gerenciamento sustentável. Apesar da popularidade da ACV no campo de embalagens metálicas para bebidas, verifica-se a ausência de estudos com relação ao sistema produtivo destas. Enquanto a ACV avalia os impactos de uma forma geral, uma análise derivativa, chamada de Avaliação do Ciclo de Vida Energético (ACVE) concentra-se na energia como a única medida do impacto ambiental. A ACVE vem sendo empregada nas últimas décadas no setor industrial devido aos esforços direcionados ao aumento da eficiência energética. O presente trabalho tem por objetivo empregar a ACVE para quantificar o consumo energético de uma planta de fabricação de embalagens metálicas para bebidas, por meio de abordagem metodológica de estudo de caso exploratório, visando proporcionar maior familiaridade com o problema abordado. Para tanto, foi realizada a coleta dos dados em Industria produtora de latas metálicas de alumínio para bebidas. O trabalho apresentou uma análise em relação a todas as etapas do processo produtivo investigado a fim de demonstrar seus consumos de energia térmica e elétrica. Verificou-se que o balanço energético no processo de produção de latas de alumínio apresenta como fonte predominante de energia a eletricidade (57,7%). No entanto, apesar da energia térmica ser aplicada em somente três etapas ao longo do processo, possui uma participação expressiva (42,3%). O consumo total de energia no processo foi de 105.021 kJ por 1000 embalagens produzidas.

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Gestão de Recursos Humanos: Comparação das Competências Hard Skills e Soft Skills Listadas na Literatura, com a Percepção das Empresas e Especialistas da Indústria 4.0

A nova era industrial ou também chamada de Indústria 4.0, caracterizada por fábricas inteligentes, conectadas e descentralizadas, estão alterando as máquinas, os processos produtivos e seus produtos. Especula-se que estas mudanças também trazem desafios no que diz respeito as estruturas econômicas e à estrutura do trabalho. Os sistemas industriais em constante transformações, impactam diretamente no perfil da força de trabalho. Assim, este trabalho tem por objetivo comparar as competências hard skills e soft skills, listadas na literatura, com a percepção das empresas e especialistas da academia da Indústria 4.0. Para tanto, procedeu-se de uma revisão de literatura, para a identificação das competências, em seguida, pela construção do checklist/questionário e seleção das empresas (DAF Caminhões, O Boticário, Klabin e Tetra Pak) e dos especialistas da academia (UTFPR, UFPR, UEPG, PUCPR e UP) e por fim, pelo envio/aplicação do checklist/questionário. Desse modo, observou-se quais são as competências hard skills e soft skills mais relevantes para a literatura e na percepção de empresas e especialistas da academia (Interação Homem-máquina, Adaptabilidade, Alta Qualificação, Interdisciplinaridade, Criatividade/Inovação, Flexibilidade, Capacitação em tecnologias habilitadoras e Pensamento Holístico). O que permitiu concluir que há semelhanças e diferenças entre literatura, empresas e especialistas da academia em relação as competências hard skills e soft skills requeridas aos trabalhadores da Indústria 4.0. Os resultados também auxiliam as universidades a adaptarem-se de acordo com as necessidades das competências dos trabalhadores nas empresas, e o setor de recursos humanos a desenvolver treinamentos para a capacitação destas competências, de acordo com as exigências das indústrias.

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