O mérito da inserção da fisioterapia no subsídio na saúde da criança nos setores de puericultura
Autores:
Natália Dias Câncio e Yuri Sena Melo
ISBN
978-65-5379-037-7
DOI:
10.47573/aya.5379.1.48
N° páginas:
33
Formato:
Livro Digital (PDF)
Publicado em:
14-05-2022
Área do Conhecimento
Licença:
O Sistema Único de Saúde – SUS teve sua consolidação no Brasil através da Constituição Federal Brasileira em 1988, com a visão de garantir o acesso à saúde para todos os indivíduos, teve sua reformulação para a inserção da Atenção Primária com o intuito de reorganizar o sistema e condecorar ações de promoção à saúde e em relação a agravos.1
Subsequentemente trilhando esse propósito de atenção integral à saúde, foi revigorada a Estratégia de Saúde à Família – ESF, com o designo de efetivação da APS no Brasil. Com o intuito de asseverar um enfoque de trabalho em equipes, na qual todos os profissionais devem exercer juntos quanto ao cuidado de um indivíduo. Acarretando uma abordagem mais ampla em relação ao atendimento dos usuários do SUS.2
Para a consolidação da estratégia, foi idealizado o Núcleo de Apoio à Família – NASF no qual a sua equipe deve ser composta por profissionais que diferentes áreas, que trabalhem em conjunto com os profissionais da ESF, com o objetivo de oferecer amparo e partilhar práticas em saúde das equipes em saúde da família. A ressalva à ser feita em relação a atuação da fisioterapia, é que a criação do NASF foi a porta de entrada da profissão na equipe do ESF.3,4
A inserção da fisioterapia no NASF foi um dos marcos de suma importância da profissão, e a sua efetividade no ESF, suscitou uma visão mais ampla no encadeamento do nível de atuação dos profissionais. Através da Portaria Nº. 154/GM, de 24 de janeiro de 2008, na qual ficou estabelecido que os profissionais de Fisioterapia estão aptos, no planejamento, implementação, no controle, e na execução de políticas, programas, cursos, pesquisas ou em eventos em saúde pública, entre outras atribuições.4
A linha de raciocínio ao qual interligava a Fisioterapia apenas como reabilitadora, passa a ser rompida, ocasiona um grande avanço de retratar a eficácia, possibilidades, abrindo novos caminhos, mostrando a relevância que o atendimento fisioterapêutico pode contribuir além da prevenção, tem uma relevância como por exemplo, na promoção de saúde da criança.5
O desenvolvimento infantil, é iniciado na vida intrauterina, sofre à influências de vastos fatores biológicos e ambientais. A criança está vulnerável à doenças, que infelizmente podem ocasionar óbitos, sequelas e danos, às vezes irreversíveis. É necessário que a partir de um nascimento de uma criança, o acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor, comunicação, cognição comunicação, funções sensoriais e o funcionamento sócioadaptativo.6
Através desse monitoramento fatores de risco relacionados a possíveis transtornos do desenvolvimento neuropsicomotor poderão ser detectados de forma precocemente. Por essa razão o ESF, prioriza esse acompanhamento com atenção especial nos primeiros anos de vida da criança. Tendo isso como enfoque, é necessário a participação da equipe multidisciplinar, colaborando da melhor forma possível na saúde da criança, cada profissional com as suas devidas competências.7
Na Estratégia de Saúde da Família, um método elaborado com objetivo de monitorar o crescimento e desenvolvimento infantil, é a Puericultura, a qual apresenta um conjunto de ações voltadas à prevenção e promoção da saúde. Garantindo à criança um íntegro desenvolvimento, assegurando que a mesma atinja uma vida adulta o mais saudável possível, e identificando possíveis riscos, buscar atuar de forma precoce nas intercorrências.8
Os setores de Puericultura, vem ganhando cada vez mais espaço nas UBS pelo Brasil, apesar de ainda ser um setor em processo de construção, já é notável as contribuições que ocasionam na saúde da criança. A Inserção da Fisioterapia na Puericultura já foi pautada como “desafios, possibilidades”, porém, com todas as reformulações que o SUS foi submetido, nota-se que o nível de atuação da profissão foi expandido, possibilidades de atuação foram almejadas.9,10
A idoneidade da Fisioterapia Pediátrica já é bastante comprovada, singularmente em relação ao crescimento e o desenvolvimento psicomotor das crianças, um dos pontos que devem ser priorizados nas consultas de Puericultura, o que incumbe de competência ao fisioterapeuta.10
Diante do que foi exposto, objetivou-se realizar uma Revisão Integrativa de Literatura, sobre as possibilidades de cada vez mais inserir a Fisioterapia nas consultas de Puericultura, para que seja dada a devida importância da profissão, explanando as contribuições que os fisioterapeutas concebem na atenção primária na saúde da criança, durante a fase de crescimento e no desenvolvimento neuropsicomotor, na assistência integral e interdisciplinar. Assim como, apresentar o nível de atuação da fisioterapia estabelecido pelo NASF e pela ESF.
Natália Dias Câncio
Yuri Sena Melo
Natália Dias Câncio
Graduada em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
Pós Graduada em Terapia Intensiva Adulto – BIO CURSOS
Pós Graduanda em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal – BIO CURSOS.
Atualmente atua como fisioterapeuta em Unidade de Terapia Intensiva.
Yuri Sena Melo
Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Norte – UNINORTE
Pós Graduado em Fisioterapia Traumato-ortopedia – BIO CURSOS
Pós Graduando em Fisioterapia Neurofuncional modalidade Residência no hospital universitário Getúlio Vargas em Manaus – UFAM
Atualmente atua na área da docência como preceptor de estágio.