Boas práticas de manejo na fase de cria de bezerros de corte
Autores:
Róger Richelle Bordone de Sá
Maria Clemente de Freitas
Paloma Sayegh Arreguy Silva
Larissa Frota Camacho
Bruno Rodrigues Ferreira
Paulo Henrique da Silva Braga
ISBN
978-65-5379-396-5
DOI:
10.47573/aya.5379.1.205
N° páginas:
40
Formato:
Livro Digital (PDF)
Publicado em:
13-12-2023
Área do Conhecimento
Ciências Agrárias
Licença:
A fase de cria tem grande importância para o setor, pois apresenta os maiores desafios na produção de bovinos de corte. Essa fase tem início com a vaca prenhe e estende-se até o momento da desmama. Nesse contexto, os cuidados iniciam-se com a separação de lotes entre as vacas e novilhas prenhes, e seguem com o monitoramento do piquete maternidade para intervenções durante o parto, caso sejam necessárias. Após o nascimento, deve-se realizar pesagem, identificação, assegurar a ingestão do colostro e realizar a cura do umbigo. Esses procedimentos asseguram maior taxa de sobrevivência aos animais. Entre as práticas de manejo listadas acima, um novo protocolo de colostragem, com objetivo de aumentar a imunidade dos bezerros, tem sido difundido, preconizando a ingestão de 10% do peso corporal do animal até duas horas após o nascimento. Para a cura de umbigo, o corte deve ser feito apenas quando o coto umbilical se apresentar maior que 5 cm. Porém, desinfecção deve ser feita em todos os casos com uso de iodo com concentração de 10%. A identificação pode ser feita de diferentes maneiras, e tem grande importância para o controle zootécnico de qualidade. Alguns métodos de identificação podem ser mais demorados e causar desconforto aos animais, sendo necessário o treinamento da equipe para evitar tais ocorrências. Após três meses de idade, os bezerros já podem ser levados ao creep-feeding, uma estrutura que auxilia no momento de transição da dieta líquida para a sólida. Outro ponto importante do uso de creep-feeding é o retorno econômico, pois essa prática garante bezerros mais pesados ao desmame, reduz o estresse nessa fase tão desafiadora e também influencia nas taxas de retorno ao cio das vacas lactantes. A imunização via vacinas é outro ponto importante no manejo da fase de cria. Contudo, esse momento pode ocasionar lesões e estresse aos animais, caso não sejam utilizadas práticas racionais, como a condução dos animais ao local de forma tranquila, treinamento da equipe, local adequado de aplicação da vacina e redução do trânsito de pessoas próximo ao local. A descorna precoce também é recomendada, facilitando o manejo futuro dos animais. Deve ser feita o quanto antes para evitar maior sofrimento aos animais. O desmame é a fase final do manejo de cria, e o momento de maior estresse. O uso de algumas técnicas descritas acima pode auxiliar na redução do estresse causado pelas diversas mudanças, como dieta, separação da mãe, de ambiente e grupo social. Assim, o uso de práticas que apresentam foco no bem-estar dos animais, nessa fase, indicaram respostas positivas para o sistema de produção de forma geral, resultando em bezerros mais saudáveis, fortes e pesados.
Róger Richelle Bordone de Sá
É médico veterinário, graduado pelo Centro Universitário de Viçosa (UNIVIÇOSA) em 2015. Especializou-se em Anatomia e Cirurgia Veterinária pelo Centro de Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária (CETAC) em 2016. É pós-graduado em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pela Faculdade Qualittas, tendo concluído o curso em 2019. Em 2022, alcançou o título de Mestre pelo Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa. Atua como coordenador do curso de Medicina Veterinária e é professor titular de Anatomia Veterinária I e II, Semiologia Veterinária, Técnica Operatória e Patologia Cirúrgica no Centro Universitário de Caratinga (UNEC), em Caratinga, Minas Gerais, posição que ocupa desde 2018..
Maria Clemente de Freitas
É médica veterinária, graduada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2016) e Mestre em Ciências Veterinárias pela mesma Instituição (2018). É pós-graduada em Anestesiologia Veterinária, Dor e cuidados paliativos pela Faculdade Unyleya, 2021. Graduanda em Clínica Médica de Felinos pela Faculdade Anclivepa. Atua como coordenadora do curso de Medicina Veterinária e é professora titular das disciplinas de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública, Parasitologista Veterinária, Farmacologia Veterinária e Doenças Infectoparasitarias, no Centro Universitário de Caratinga (UNEC), em Caratinga, Minas Gerais, posição que ocupa desde 2019.
Paloma Sayegh Arreguy Silva
Possui mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (2007), Residência Médica e Especialização em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais pela Universidade Federal de Viçosa (2005), Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Viçosa (2003), concentrando seus estudos na área de clínica e cirurgia de pequenos animais. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais e docência do ensino superior. Professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Caratinga – UNEC.
Larissa Frota Camacho
É zootecnista graduada pela Universidade Federal do Ceará em 2015, mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa em 2017 e doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa em 2021. Desde 2022 atua como gerente da fazenda experimental da FUNEC e como docente do curso de Medicina Veterinária do UNEC lecionando: Malehoramento Animal e Bioclimatologia; Nutrição Animal; Produção e Nutrição de Ruminantes; Produção e Nutrição de Aves e Suínos.
Bruno Rodrigues Ferreira
Graduado em medicina veterinária pelo Centro Universitário de Caratinga -UNEC (2023), onde, durante a graduação, atuou como membro-diretor do Grupo de Estudos em Ruminantes-GERUM. Atualmente está no mercado exercendo a medicina veterinária no atendimento de bovinos a campo com foco em clínica, reprodução e faz assessoria na produção de carne leite. Também atua no ramo agropecuária como produtor rural e na criação de gado Nelore.
Paulo Henrique da Silva Braga
Graduado em medicina veterinária pelo Centro Universitário de Caratinga-UNEC (2023). Durante a graduação atuou por dois anos como monitor das disciplinas de Anatomia Veterinária I e Anatomia Veterinária II, e como membro-diretor do Grupo de Estudos em Ruminantes-GERUM. Atualmente, atende bovinos a campo com foco em clínica, reprodução e assessoria na produção de carne e leite.