Ozonioterapia na Prevenção e Terapêutica de Mastite em Vacas Leiteiras

A mastite também conhecida como mamite, é um processo inflamatório da glândula mamária que provoca alterações no tecido glandular e mudanças físico-químicas no leite, podendo ser causada por bactérias, fungos ou leveduras. É uma afecção comum na produção leiteira com potencial para trazer perdas econômicas significativas. Existem as mastites clínicas, subclínicas, ambientais e contagiosas, onde os grupos de bactérias estafilococos e estreptococos são os encontrados com maior frequência. Como métodos diagnósticos, temos o teste da caneca telada, o CCS (Contagem de Células Somáticas), o CMT (California Mastitis Test) e o WMT (Wisconsin Mastitis Test). A adoção de boas práticas na linha de ordenha, como o pré-dipping, o pós-dipping adequados, cuidados de higiene pessoal dos ordenhadores, manter animais em pé após a ordenha, contribuem positivamente na saúde do rebanho, saúde pública e aumento da produtividade. É indispensável que os produtores e profissionais estejam atentos, em especial a mastite subclínica que fica invisível no rebanho e não muda as características aparentes do leite, como cor e viscosidade, mas reduz a qualidade e a produção dos animais. Dentre os vários tratamentos, a ozonioterapia vem sendo explorada cada dia mais com ótimos resultados. O ozônio é um gás formado por três átomos de oxigênio, apresenta uma série de benefícios, curativos, preventivos e imunoestimuladores, devido às suas propriedades oxigenadoras, catalíticas e germicidas, capaz de agir contra bactérias, fungos e vírus. Este estudo é uma revisão da bibliografia realizada com o objetivo de compilar e analisar as informações existentes sobre a utilização do ozônio na prevenção e tratamento da mastite em vacas leiteiras, para assim conhecer os fundamentos da utilização do ozônio na pecuária e o potencial desse tratamento pode enfrentar a batalha contra a resistência microbiana que está se tornando mais forte nas últimas décadas.